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Pesquisa de mercado secundária: o que é e como aplicar

A pesquisa de mercado secundária é essencial para empresas que buscam entender o consumidor e tomar decisões ágeis e embasadas.

Pesquisa de mercado secundária: o que é e como aplicar

A pesquisa de mercado secundária tornou-se um recurso indispensável para empresas que desejam compreender o comportamento do consumidor e acompanhar as constantes transformações do mercado. Em um ambiente cada vez mais dinâmico e competitivo, onde decisões precisam ser tomadas com agilidade e base sólida, analisar dados já existentes é uma forma inteligente de reduzir incertezas e direcionar estratégias com precisão.

Por meio dela, as organizações conseguem mapear tendências, monitorar concorrentes e identificar oportunidades de negócio sem a necessidade imediata de investir em coletas primárias. Além disso, esse tipo de pesquisa oferece uma visão macro do cenário econômico e comportamental, ajudando empresas a compreender não apenas o que o consumidor faz, mas também por que ele age de determinada forma.

O que é pesquisa de mercado secundária

A pesquisa de mercado secundária, também chamada de desk research, é o processo de coletar, analisar e interpretar informações que já foram produzidas anteriormente por outras fontes.
Diferente da pesquisa primária, que busca dados inéditos por meio de entrevistas, questionários ou grupos focais, a pesquisa secundária utiliza informações já existentes, muitas vezes públicas, institucionais ou internas da própria empresa.

Por exemplo, enquanto uma pesquisa primária pode entrevistar consumidores sobre hábitos de compra, a pesquisa secundária analisa relatórios de mercado, publicações governamentais e dados históricos para chegar a conclusões semelhantes de forma mais rápida e econômica.

Leia também: Pesquisa de Mercado Primária: o que você precisa saber

Principais fontes de dados secundários

Os dados secundários podem ser obtidos em diferentes tipos de fontes, e o segredo de uma análise realmente consistente está em combinar múltiplas origens de informação. Ao reunir dados internos e externos, a empresa cria uma visão completa do mercado, capaz de conectar seus próprios resultados com o comportamento do setor e do consumidor.

1. Fontes internas: o olhar de dentro para fora

As fontes internas são aquelas produzidas pela própria empresa ao longo de suas operações. Por estarem diretamente relacionadas às atividades da organização, essas informações trazem insights exclusivos sobre desempenho, perfil de clientes e histórico de resultados.

Entre os principais exemplos, estão:

  • Relatórios de vendas, que revelam sazonalidades, produtos de maior giro e variações regionais;

  • Dados de CRM e comportamento de clientes, úteis para identificar padrões de recompra, abandono e fidelização;

  • Pesquisas anteriores conduzidas pela empresa, que ajudam a avaliar a evolução de percepções e estratégias;

  • Indicadores de performance de marketing, como métricas de campanhas digitais, taxa de conversão e engajamento.

Essas fontes internas permitem compreender como o público interage com a marca e quais ações geram mais resultados, servindo como ponto de partida para diagnósticos precisos e decisões baseadas em evidências. Além disso, funcionam como um termômetro interno da saúde do negócio.

2. Fontes externas: o olhar de fora para dentro

As fontes externas, por outro lado, ampliam a perspectiva da empresa. Elas oferecem contexto sobre o mercado, os concorrentes e as tendências que influenciam o comportamento do consumidor.
Ao cruzar dados internos com essas informações, a empresa consegue compreender como se posiciona dentro do ecossistema em que atua e identificar oportunidades de diferenciação.

Entre as principais fontes externas, destacam-se:

  • Relatórios de instituições governamentais (como IBGE, Banco Central e IPEA), que fornecem indicadores econômicos, demográficos e sociais;

  • Estudos acadêmicos e publicações científicas, que trazem análises aprofundadas sobre comportamento, consumo e inovação;

  • Relatórios setoriais de consultorias e associações, úteis para entender tendências de mercado e movimentos da concorrência;

  • Artigos e reportagens de veículos especializados, que atualizam sobre novos players, tecnologias e mudanças regulatórias;

  • Plataformas de social listening e análise de tendências digitais, que captam percepções em tempo real e ajudam a compreender o sentimento do público.

Essas fontes externas contextualizam o comportamento do consumidor dentro de um cenário econômico, cultural e competitivo mais amplo. Assim, permitem que empresas antecipem mudanças, adaptem estratégias e tomem decisões embasadas em dados sólidos, e não apenas em percepções subjetivas.

Outro Artigo que vale a leitura: Pesquisa de mercado para e-commerce: Entenda seu consumidor 

Vantagens da pesquisa de mercado secundária

Optar pela pesquisa secundária traz diversos benefícios. Em primeiro lugar, ela economiza tempo e recursos, já que os dados estão disponíveis e não exigem coleta em campo.
Além disso, ela:

  • Facilita o mapeamento de tendências e mudanças de comportamento;

  • Permite compreender o posicionamento dos concorrentes;

  • Ajuda a validar hipóteses antes de investir em uma pesquisa primária;

  • Oferece uma visão histórica do mercado, essencial para análises comparativas;

  • Amplia o embasamento estratégico, fortalecendo decisões de marketing e negócios.

Em síntese, a pesquisa secundária reduz riscos e acelera processos decisórios, permitindo que empresas atuem com maior segurança e precisão.

Leia também: Perfil de respondente ideal para pesquisa de mercado

Limitações e cuidados necessários

Apesar de suas vantagens, a pesquisa secundária exige critérios rigorosos de avaliação. Nem toda informação disponível é confiável, atual ou adequada ao objetivo do estudo.
Por isso, é fundamental:

  • Verificar a credibilidade da fonte, identificando quem produziu os dados e com que propósito;

  • Confirmar a atualidade das informações, já que dados desatualizados podem distorcer análises;

  • Checar a compatibilidade do recorte, garantindo que o público, o período e a região analisados estejam alinhados ao objetivo da empresa;

  • Evitar generalizações, principalmente quando as fontes utilizam metodologias distintas.

Seguindo esses cuidados, a empresa evita erros de interpretação e mantém a qualidade analítica do estudo.

Saiba mais: Amostra aleatória na pesquisa de mercado: tipos, vantagens e aplicações 

Como a pesquisa secundária complementa a primária

Embora muitas vezes vista como uma etapa inicial, a pesquisa secundária não substitui a pesquisa primária, ela a complementa. Na prática, a desk research ajuda a definir o escopo e as hipóteses da pesquisa primária, além de validar resultados e contextualizar descobertas.

Por exemplo, antes de entrevistar consumidores, uma empresa pode usar a pesquisa secundária para:

  • Entender o tamanho do mercado e a distribuição geográfica de seu público;

  • Identificar tendências emergentes;

  • Avaliar o desempenho de concorrentes;

  • Levantar dados socioeconômicos e culturais que influenciam o consumo.

Assim, a fase primária se torna mais direcionada e eficiente, resultando em um estudo completo e bem fundamentado.

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